

MULLIGAN
Conceito Mulligan é uma terapia manual criada por Brian Mulligan, fisioterapeuta neozelandês. As técnicas de tratamento englobadas neste conceito são bastante funcionais e pressupõem a eliminação imediata de dor ou limitações de Amplitude de Movimento (ADM), promovendo, de um modo imediato, a funcionalidade, sendo a técnica do Deslizamento Natural Apofisário Sustentado (SNAGS) notavelmente benéfica nos sintomas das colunas cervical, torácica e lombar. Perante tais informações, justifica-se o interesse pelo tema, destacando a importância das técnicas do Conceito Mulligan, com o intuito de proporcionar alívio da dor, aumento da ADM e completa recuperação funcional das articulações, possibilitando tratamento mais adequado para as incapacidades
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O conceito envolve a mobilização da vértebra paralelamente ao plano facetário, a sustentação através do limite articular, aplicação de forças na qual induz a articulação de tal maneira que imponha o movimento ativo que anteriormente produzia dor e com o uso da técnica ocorrerá diminuição dessa dor. A aplicação da técnica deve ser indolor.
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A SNAGs ou MWMs envolve a combinação da mobilização acessória passiva com o movimento ativo fisiológico; é uma técnica de facilitação manual através do deslizamento de uma articulação restrita que permite o movimento livre de dor. Uma superpressão é feita no final do limite articular e deve ser mantida por 2-3 segundos com o terapeuta mantendo o deslizamento acessório na volta do movimento ativo.
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A técnica pode ser aplicada com o objetivo de aumentar a flexão da coluna e/ou diminuir a dor associada com este movimento; aumentar a extensão e/ou diminuir a dor associada; para aumentar a rotação e/ou diminuir a dor associada e para aumentar a flexão lateral e/ou diminuir a dor associada com este movimento.
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A técnica de mobilização com movimento (MWM), originalmente desenvolvida por Brian Mulligan, é um tipo de intervenção de terapia manual frequentemente utilizada em condições músculo-esqueléticas. A MWM combina uma força manual de deslizamento acessório mantido, adequada ao reposicionamento de uma falha posicional, com um movimento fisiológico da articulação, que pode ser ativamente realizado pelo paciente, ou passivamente executado pelo operador.
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De acordo com Mulligan (2010), as falhas posicionais ocorrem após uma lesão, tensão ou repetição, originando limitação de movimento, dor, rigidez e/ ou fraqueza. As falhas posicionais não são facilmente palpáveis ou visíveis ao raio-x, mas quando uma mobilização de correção é sustentada, a função sem dor é restaurada e várias repetições vão começar a trazer melhorias duradouras. Mulligan (2010) preconiza que uma perda de supinação do antebraço pode ser restaurada, rapidamente, de forma passiva por reposicionamento do cúbito em relação ao rádio na articulação radiocubital distal, e que esta técnica deve ser conhecida por todos os fisioterapeutas. A intenção da MWM é restaurar o movimento livre de dor nas articulações que têm limitação dolorosa durante a amplitude de movimento (ROM)
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Esta técnica terapêutica, desenvolvida por Brian Mulligan, um fisioterapeuta da Nova Zelândia, tem vindo a ganhar popularidade no tratamento da dor músculo-esquelética, sintetizando-se na aplicação de uma mobilização acessória realizada pelo terapeuta, enquanto o paciente realiza o movimento fisiológico da articulação em questão, ativamente. A teoria de Mulligan baseia-se no facto de que uma lesão articular resulta de uma falha na posição ou no alinhamento da articulação, sendo que a técnica pode ajudar a alinhar adequadamente ou mesmo restaurar o mecanismo da articulação, tendo como objetivo principal promover a melhoria imediata da dor e da mobilidade articular.
A MCM utiliza duplo papel, ou seja, a força do terapeuta (mobilização acessória) e o esforço do paciente (movimento funcional/ movimento ativo). Deve ser respeitada uma ordem sequencial dos parâmetros para a execução da técnica, segundo o conceito de Mulligan: posição inicial (com ou sem peso); lado/articulação/método de aplicação; deslizamentos aplicados; nome da técnica de Mulligan; movimento (função); assistente escolhido; sobrepressão (por quem), repetições, séries e tempo. Os parâmetros devem ser gravados em formato de vídeo para a reprodução exata da técnica, pois muitas vezes o nível de detalhe fornecido é demasiado simplista