

ESTIMULAÇÃO PRECOCE INFANTIL

O desenvolvimento infantil é um processo gradual que envolve aspectos desde a concepção até o envelhecer. A avaliação desse desenvolvimento abrange marcos importantes (por exemplo, o
padrão motor – a criança caminha por volta dos 12 meses de idade); características individuais (crianças que nascem, por exemplo, com algum distúrbio específico ou uma síndrome); e, ainda, as sociais, que dizem respeito à comunidade onde ela se encontra inserida.
O processo de maturação cerebral acompanha o crescimento do sistema nervoso central e começa desde o período embrionário. Trata-se de um processo dinâmico e contínuo, que pode ser
medido por meio do perímetro cefálico e de funções que podem aparecer e desaparecer no decorrer do desenvolvimento da criança.
E o objetivo geral dessa estimulação é fazer com que o paciente comprometido pelo atraso consiga atingir o máximo do potencial do desenvolvimento neurológico dele, que a sua natureza lhe permite alcançar, mesmo que esse potencial não seja exatamente o de uma criança que não possui atraso. Quanto ao objetivo específico, é reduzir o comprometimento neurológico adquirido, melhorar as habilidades motoras, a aquisição da linguagem, a socialização, além de contribuir com a estrutura do vínculo entre a mãe, a criança, com a aceitação dos familiares para com essa criança.
Deve-se observar a idade de início que essa estimulação deve ser realizada, que deve englobar desde o nascimento até os três anos de idade, porque essa é a fase em que o cérebro começa a se desenvolver mais rapidamente. Isso acaba fazendo com que as oportunidades do estabelecimento das fundações que vão repercutir na vida inteira dessa criança sejam melhoradas. Assim, quando a estimulação precoce é iniciada desde os primeiros meses de vida, nós garantimos uma melhor qualidade de vida para ela e uma maior chance para que ela adquira os marcos do desenvolvimento neuropsicomotor que porventura ela tenha perdido.
Assim, são estabelecidos alguns critérios na estimulação precoce. A criança precisa sentir-se no espaço, por isso as primeiras estimulações são as tátil-propriocpetivas para perceber quando a criança está reagindo ao ambiente. Então, o primeiro ponto observado na criança ao nascer é se ela possui sensibilidade, uma resposta reflexa condizente com a sua faixa etária. A partir daí serão estabelecidos marcos para cada idade. Um bebê de 4 meses no desenvolvimento típico apresenta um controle cervical, reflexos presentes e uma movimentação espontânea condizente com a sua idade.
É sempre muito importante reforçar por meio dos exercícios ativos assistivos aquilo que nós queremos que a criança assimile. Então, os padrões de rolar, sentar, equilibra-se para conseguir caminhar independentemente e manusear objetos vão tornando possível que a criança perceba a si mesma no seu meio participando e interagindo com ele mostrando a sua inteligência prática. Nos casos de microcefalia, é importante observarmos três aspectos: cognitivos, motores e afetivos. A relação com a família é avaliada por protocolos próprios de avaliação. É fundamental sempre sistematizar a avaliação registrando periodicamente o avanço ou não da criança tendo-se em vista os marcos do desenvolvimento.