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MOBILIZAÇÃO NEURAL

A mobilização neural um método de tratamento do tecido nervoso que utiliza técnicas de terapia manual aplicada pelo Fisioterapeuta com finalidade de restaurar o movimento ativo e passivo por meio da melhora da elasticidade desse tecido.

O tecido conjuntivo do Sistema Nervoso protege os componentes neurais de modo a assegurar que os impulsos sejam transmitidos ao mesmo tempo em que o ser humano assume as mais diversas posturas com amplitudes, por vezes, extremas. Este tecido protege ainda os axônios das forças compressivas. Graças aos mecanismos de desenvolvimento de tensão dentro do SN e o seu movimento em relação as suas interfaces é permitido a ele, mover-se acompanhando os movimentos do corpo.

 

Para avaliação é realizado um teste Neurodinâmico, ou teste de tensão neural é também denominado teste de estiramento neural. São seqüências de movimentos, realizados para avaliar a mecânica e a fisiologia de uma parte do sistema nervoso. Considera-se o teste positivo quando houver diminuição da amplitude de movimento ou quando sintomas dolorosos e de alongamento profundo forem reproduzidos, quando a resposta no lado envolvido variar unilateralmente entre respostas normais, e quando houver diferenciação estrutural de uma fonte neurogênica. Sabe-se que nem todos os sintomas provocados pelos testes podem ser considerados patológicos, como o tecido neural também é inervado, o seu estiramento pode causar dor, sendo, portanto, necessário que se conheça tais respostas e as diferenças entre indivíduos sintomáticos e assintomáticos

Para que haja movimento os músculos têm que ser capazes de encurtar e alongar com resistência mínima em todas as amplitudes de movimento, essa contração depende, além dos impulsos motores pelo sistema nervoso, de três fatores,

 

(a) elasticidade e completa extensibilidade dos músculos,

 

(b) amplitude completa das articulações e

 

(c) um sistema nervoso livremente móvel e extensível.

 

O Sistema Nervoso, tanto central como periférico, compreende em um só sistema, considerado contínuo como tecido, eletricamente e quimicamente. Portanto, qualquer alteração ocorrida em uma parte dele ocasionará repercussões em todo o sistema. Não cabe ao sistema nervoso somente conduzir impulsos através de grandes amplitudes e complexidades de movimento, mas também adaptar-se mecanicamente a esses movimentos retraindo e alongando-se, podendo até mesmo limitar essas amplitudes em certas combinações de movimentos

A mobilização neural pode ser aplicada de quatro maneiras:

Mobilização direta: há tensionamento dos nervos periféricos e/ou medula pela manobra oscilatória, passiva em diferentes amplitudes de movimentos (mobilização) e/ou brevemente mantida no final da ADM articular, aplicados por meio da articulação que compõe o trajeto do trato neural.

Mobilização indireta: os nervos periféricos e/ou medula são colocados em tensão pelas manobras oscilatórias aplicadas às estruturas adjacentes ao tecido nervo comprometido. Utilizada quando há uma lesão aguda.

Mobilização deslizante: mobiliza-se o trato neural sem provocar o aumento da tensão. Manobras neurodinâmicas que tentam produzir um movimento de deslizamento entre estruturas neurais e tecidos não neurais adjacentes; e eles são executados por uma maneira não provocativa. 

Mobilização tensionante: mobiliza-se simplesmente aumentando e diminuindo a tensão no trato neural. Objetivam restabelecer a capacidade física dos tecidos neurais em tolerar movimentos que alongam o trajeto neural correspondente. Não são técnicas de alongamento e sim manobras oscilatórias que oferecem suave resistência ao movimento. A força de aplicação do movimento deve ser ajustada para produzir sensações de alongamento suaves. São mais agressivas que as mobilizações deslizantes e não são indicadas em pacientes com diminuição na condução de impulsos. 

O tratamento deve ser iniciado partindo da posição tolerada pelo paciente estabelecida durante o teste. Realizam-se, ao final da amplitude, oscilações lentas e consecutivas da extremidade envolvida por aproximadamente um minuto, permitindo ao paciente um descanso de três minutos, podendo-se repetir a aplicação por mais duas vezes. É importante que o paciente seja avaliado e reavaliado constantemente para julgar o impacto que as estratégias de intervenção impõem aos componentes neurais e não neurais.

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